Para Pensar!

"Em missão"


Olha o horizonte, amigo

E vê o mundo que passa.

Todos esperam por ti,

Por esse dão, por essa graça.


Tens em ti o compromisso,

O testemunho de uma missão.

Dá um passo em frente e segue.

Vai ao encontro do irmão.


Já todos esperam por ti,

Buscam um animador.

Escuta o chamamento:

Serviço, respeito e amor.


Tens fé e formação

Conheces a realidade

E depois deste teu Curso,

Serás especialista em humanidade.


Dinamizas e orientas,

Acompanhas e escutas.

Na partilha e no diálogo,

Sabes que também educas.


Prudente e assertivo,

Sabes como incentivar.

Todos confiam em ti

Para os poderes animar.


Madalena Rubalinho

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Perfil do Animador sociocultural

O Animador Sociocultural é um técnico, possuidor de uma formação adequada, capaz de elaborar e/ou executar um plano de intervenção, numa comunidade, instituição ou organismo, utilizando técnicas culturais, sociais, educativas, desportivas, recreativas e lúdicas. O animador assume a responsabilidade de um agente de desenvolvimento.


Para desempenhar correctamente as suas funções, o animador deve ter em conta três áreas indispensáveis: o ser, o saber e o saber-fazer.

- O ser, é constituído pela sua identidade pessoal;

- O saber, refere-se aos conhecimentos que deve possuir para desempenhar convenientemente a sua tarefa formativa.

- O saber-fazer, reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao grupo com quem trabalha, o qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber.

O animador sócio – cultural é o agente que põe em funcionamento, que facilita e dá continuidade à aplicação dos processos de animação. Este dinamizador da mobilidade social está ao serviço de uma instituição pública ou privada de carácter administrativo ou associativo e de modo voluntário ou profissional, promove a intervenção sócio – cultural na comunidade em que actua. O seu trabalho técnico apoia-se na relação pessoal com os destinatários, a sua integração no grupo e o de facilitar nele os processos de coesão, vivências ou experiências e tomar posições activas sobre o meio em que se realiza a animação.”

http://revistapraticasdeanimacao.googlepages.com

Esta definição evidencia algumas das características/competências do animador sociocultural, nomeadamente, ser um agente social de mudança que facilita a intervenção do grupo, partindo deste. Actualmente, passou-se de destinatários ou grupo – alvo, a sujeitos de acção, pela condição essencial de participação dos mesmos mas em parceria com os profissionais. Só demonstra que o próprio perfil de competências tem-se alterado ao longo das últimas décadas, uma vez que, “o animador é também um membro do grupo, e tem como função não só procurar a autonomia do mesmo, como também fomentar o enriquecimento das actividades, tomando-as de qualidade e enquadrando-as em função das necessidades e aspirações de todos, de modo a que o conjunto de indivíduos envolvidos possa beneficiar da criatividade de cada um.” (TRACANA, 2006)

 Este técnico deve ser um líder democrático com uma visão de conjunto, com capacidade de tomar decisões, mediar conflitos, promover o diálogo, com o intuito de “proporcionar assessoria técnica para que o grupo ou o colectivo encontre resposta às suas necessidades e problemas, e se capacite para organizar e conduzir as suas próprias actividades” (Ander-Egg, 1999) sempre com vista à liberdade, autonomia e num contexto de reciprocidade.

Toda esta capacidade inerente ao processo interventivo exige formação ao longo da vida. Porque não é fácil ser objectivo, compreender os outros e o seu mundo interior e conjugar interesses. É importante a revisão de conhecimentos e aquisição de novas experiências como forma de estimular a sua criatividade. É fundamental a auto e hetero – avaliação, para que o animador aprenda com os erros e cresça pessoal e profissionalmente com as experiências positivas e negativas.

 Como refere FERREIRA (1999) "aprender a aprender não se circunscreve a uma etapa da vida, nem se limita a um determinado conteúdo ou espaço. Aprendemos em todas as circunstâncias, em todas as idades, em todos os locais e com todas as pessoas que tenham a capacidade de comunicar uma mensagem ou de exercer alguma influência sobre nós: família, amigos, vizinhos, colegas…Aprende-se vivendo e vive-se aprendendo.

No entanto, uma das melhores “armas” do animador é a capacidade de improvisação. O facto de não desistir, lutar e procurar soluções para as adversidades quotidianas, cooptada ao conhecimento técnico, é uma das formas mais eficazes de ultrapassar os problemas e ajudar os sujeitos. Desde que as estratégias não ponham em causa os princípios éticos e estejam sempre associadas aos valores humanos.

Nesta perspectiva animador, necessita de conhecimentos técnicos para: articular solidariedade, compromisso, responsabilidade e participação democrática; trabalhar em equipa, de forma democrática, em contextos informais; mediar conflitos e interesses individuais e comunitários; criar condições para o surgimento e renovação de grupos, através da suplantação das barreiras criadas pela simbologia da linguagem, cultura, hábitos e costumes.

Bibliografia

ANDER-EGG, Ezequiel (1999). O Léxico do Animador. Amarante: ANASC Associação Nacional de Animadores Socioculturais.

FERREIRA, Paulo (1999). Guia do Animador: Animar uma actividade de formação (3ª Edição). Lisboa: MULTINOVA - União Livreira e Cultural S.A.

TRACANA, Maria Emília (2006). A importância do Animador na Sociedade Actual. In Anim'arte: revista de animação sócio - cultural.

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