Olhou-me fixamente nos olhos
E abriu um sorriso inocente.
Tinha pouco mais de um metro,
Olhos vivos e expressivos,
Cabelo desalinhado.
Estava cansado das corridasMas uma alegria Extrema transparecia
No olhar, na face rosada,
Na camisa por fora dos calções.
Toqou-me na perna e foi-se.
Ainda hoje não sei porque parou.
Algo lhe despertou o interesse.Talvez a inquietude
Ou o olhar triste e vazio.
Sei apenas que passou por mim e parou.
Não falou.
Não fez qualquer pergunta.Mas disse tudo o que eu precisava de ouvir:
Que havia alegria,
Que havia esperança,
Que o mundo tem futuro.
Que é possivél comunicar
Sem fazer grandes discursos,
Sem tirar muitos diplomas.
Simplesmente acreditar,
E viver e sorrir
E amar.
Madalena Rubalinho
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