Para Pensar!

"Em missão"


Olha o horizonte, amigo

E vê o mundo que passa.

Todos esperam por ti,

Por esse dão, por essa graça.


Tens em ti o compromisso,

O testemunho de uma missão.

Dá um passo em frente e segue.

Vai ao encontro do irmão.


Já todos esperam por ti,

Buscam um animador.

Escuta o chamamento:

Serviço, respeito e amor.


Tens fé e formação

Conheces a realidade

E depois deste teu Curso,

Serás especialista em humanidade.


Dinamizas e orientas,

Acompanhas e escutas.

Na partilha e no diálogo,

Sabes que também educas.


Prudente e assertivo,

Sabes como incentivar.

Todos confiam em ti

Para os poderes animar.


Madalena Rubalinho

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Momentos académicos

Durante o meu percurso académico nos últimos três anos, existiram vários momentos que me marcaram de forma positiva.
Sinto-me privilegiada por toda a aprendizagem e conhecimentos que venho adquirindo neste curso de Animação Sociocultural, que tanto me fascina, mas também, por todos os momentos de convívio e pelas amizades que construi, as quais, tenho a certeza que perdurarão no tempo.



Aqui ficam alguns registos fotográficos desta caminhada

Visita ao museu de Barcelos no âmbito da unidade curricular de Animação Sociocultural realizada no segundo semestre do 1º ano


Realização de um Fantoche e de uma máscara, no âmbito da Unidade Curricular de Ateliês de Artes I, no 4º Semestre


Trabalhos realizados, no âmbito da Unidade Curricular de Ateliês de Artes II, no 5º Semestre

Árvore de sabão


Exposição "Árvores de Natal"


Em Março de 2010 iniciei o estágio académico num Lar de Terceira Idade ("Cantinho dos Avós" - Fiães). Realizei várias actividades com um grupo heterogéneo mas que considerei muito coeso na participação das tarefas propostas.
Deixo, aqui, algumas imagens de momentos que me marcaram.







No âmbito da unidade curricular de Politicas e Gestão Cultura realizamos uma viagem a Berlim – Alemanha. Tinha como objectivo explorar o património mundial, que se centrou na Ilha dos Museus. Apresento algumas imagens desta viagem:





Exposição com fotografias dos vários monumentos visitados, em que realçamos o muro de Berlim.


Finalmente Finalista!

 

sábado, 5 de junho de 2010

Aprendizagem colaborativa e aprendizagem cooperativa

Aprendizagem colaborativa: é um recurso na área de educação que consiste em estabelecer um procedimento onde o aluno, ou usuário, em conjunto com o professor, estabeleçam buscas, compreensão e interpretação da informação de assuntos determinados.
Esta aprendizagem, coloca os membros de uma comunidade de forma a poderem contribuir com os seus conhecimentos. O processo de ensino aprendizagem não envolve somente a ligação professor/aluno, mas sim, todos aqueles que fazem parte do grupo de aprendizagem.

A aprendizagem colaborativa permite a troca de experiência; o ponto de partida e de chegada da aprendizagem, é por meio das relações advindas de experiências que envolvem a acção de conhecer e a possibilidade de escolha, tornando o conhecimento mais significativo.


A Aprendizagem cooperativa é um processo educacional onde os participantes ajudam e confiam uns nos outros para atingir um objectivo definido.

Objectivo comum - O que é comum às estruturas é que as pessoas trabalham juntas, para atingir um objectivo comum. Trocam ideias em vez de trabalharem sozinhos, ao contrário de trabalhos em grupo, em que não há garantias de que todos serão participativos. A aprendizagem cooperativa está estruturada de tal forma, que um aluno não se possa aproveitar dos esforços de um colega.

Possibilidades- A aprendizagem cooperativa/colaborativa é interactiva e como um membro do grupo, a pessoa pode:

1.Desenvolver e compartilhar um objectivo comum.
2.Compartilhar a sua compreensão do problema: questões; insights e soluções.
3.Responder ou/e trabalhar para compreender os questionamentos, insights e soluções dos outros.

Podemos assim dizer, que a aprendizagem cooperativa representa uma educação em que os actores envolvidos no processo não trabalham sozinhos ou isolados no processo de construção do conhecimento. Compartilham-se ideias em rede, de modo que aquilo que uma pessoa construiu possa estar aberto ao público para discussão e até mesmo edição. Passa-se, então, a um processo de construção colectiva, onde todos os envolvidos podem interagir e construir de maneira conjunta novos conhecimentos.

Ao falar de aprendizagem cooperativa é possível fazer algumas observações quanto a estruturas de funcionamento do assunto tratado.
Segund, Maçada e Tojiboy (1998) "o conceito de cooperação é mais complexo, pois pressupõe a interacção e a colaboração, além de relações de respeito mútuo e não hierárquicas entre os envolvidos, uma postura de tolerância e convivência com as diferenças e um processo de negociação constante". Cabe ainda frisar o que as autoras dizem a este respeito:
"Para existir cooperação deve haver, interacção, colaboração, mas também objectivos comuns, actividades e acções conjuntas e coordenadas" (MAÇADA e TIJIBOY, 1998).

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Metodologia Investigação-Acção/Animação Sociocultural/Animador Sociocultural

Pode descrever-se a Investigação-Acção como uma metodologia de pesquisa assente em fundamentos pós-positivistas que encara na acção uma intenção de mudança e na investigação um processo de compreensão. Com a investigação há uma acção deliberada de transformação da realidade, um duplo objectivo, portanto, «transformar a realidade e produzir os conhecimentos que dizem respeito às transformações realizadas» (Hugon e Seibel, 1988, cit. in Barbier, s.d.).

A Investigação-Acção constitui uma forma de questionamento reflexivo e colectivo de situações sociais, realizado pelos participantes, com vista a melhorar a racionalidade e a justiça das suas próprias práticas sociais ou educacionais bem como a compreensão dessas práticas e as situações nas quais aquelas práticas são desenvolvidas; trata-se de investigação-acção quando a investigação é colaborativa, por isso é importante reconhecer que a Investigação-Acção é desenvolvida através da acção. "A investigação em Animação sociocultural caracteriza-se pela utilização dos conceitos, das teorias e dos instrumentos que se empregam também noutras ciências (...) com o fim de dar resposta aos problemas e interrogações que se colocam a partir dos diversos âmbitos de trabalho (...) orienta-se para a mudança, o aperfeiçoamento e a transformação da realidade social."(Trilla,J.1998)


Trilla (2004) apresenta-nos 2 tipos de metodologias que caracterizam a investigação em animação.

Investigação - Acção, metodologia de investigação orientada para o aperfeiçoamento da prática mediante a mudança e para a aprendizagem a partir das consequências das mudanças: é participativa; segue uma espiral de ciclos de planificação, acção, observação e reflexão.

A Investigação - Acção deve estar definida por um plano de investigação e um plano de acção, tudo isto suportado por um conjunto de métodos e regras. São as chamadas fases neste processo metodológico.

De entre várias propostas destacaremos a proposta apresentada por Pérez Serrano.

Na perspectiva de Perez Serrano (citado por Trilla, 2004), um processo de investigação acção tem de passar pelas seguintes fases:

1. Diagnosticar ou descobrir uma preocupação temática «problema».
2. Construção de um plano de acção.
3. Proposta prática do plano e observação da maneira como funciona.
4. Reflexão, interpretação e integração de resultados. Replanificação.

Trilla (2004) apresenta-nos 2 tipos de metodologias que caracterizam a investigação em animação.

Por um lado, as Metodologias Quantitativas e Empírico - Analíticas que se centra nos aspectos quantitativos dos fenómenos sociais e educativos. No entanto, o seu âmbito de aplicação fica reduzido a fenómenos observáveis susceptíveis de mediação, controlo experimental e análise estatística.

Ainda que esta perspectiva metodológica não possa abordar os múltiplos aspectos da realidade sociocultural e educativa, as suas contribuições são muito valiosas.

As Metodologias Qualitativas. Humanístico - Interpretativas e Orientadas para a Mudança, orienta-se para a descrição e a interpretação dos fenómenos socioculturais e interessa-se pelo estudo dos significados e intenções das acções a partir da perspectiva dos próprios agentes sociais. Como metodologias orientadas para a mudança, podemos aludir à investigação - acção; à investigação participativa e avaliativa.

A Animação Sociocultural tendo como principal preocupação os interesses e aspirações dos indivíduos, leva a cabo um conjunto de acções que potenciam o seu próprio desenvolvimento e contribuem para a sua autonomia a vários níveis (cultural, psicológico, social, afectivo e político), no sentido de provocar a participação activa. Neste sentido, a animação sociocultural traduz-se:
- Numa intervenção social e comunitária adaptada a um dado contexto económico, cultural, social e político;
- Num processo de desenvolvimento de iniciativas que visem mobilizar os indivíduos, os grupos e as comunidades;
- Na problematização da relação ou interacção entre actores sociais considerados individual ou colectivamente, a fim de favorecer a comunicação e a participação;
- Na sensibilização e transmissão de instrumentos metodológicos que permitam aos actores formularem as suas necessidades e de serem eles próprios a dar-lhes as respostas adequadas.
-No ensino e ensaio de metodologias de intervenção-acção que permitem favorecer uma dinâmica de inovação e de mudança social e cultural.

Pode então afirmar-se que o Animador Sociocultural se centra em quem tem de animar, que vive uma situação existencial específica, com as suas experiências e interesses. É a partir desta base que se concentra no que fazer e como fazer. Qualquer método da animação tem como eixo fulcral a valorização da pessoa pelo que é realmente, aceitando independentemente das suas condições. Daqui se compreende a ideia de que ao mesmo tempo que o animador tem que ser sensível na relação com os outros, terá que ser humano em si mesmo, assimilando atitudes fundamentais, tais como saber escutar e interpretar.
Os Animadores devem escolher o estilo de liderança que maximize as hipóteses de funcionalidade da acção. Os Animadores mais eficazes são suficientemente flexíveis para seleccionar o estilo de liderança que melhor se adapte às necessidades do grupo. Animador Sociocultural é todo aquele que, sendo possuidor de uma formação adequada, é capaz de elaborar e/ou executar um plano de intervenção, numa comunidade, instituição ou organismo, utilizando técnicas culturais, sociais, educativas, desportivas, recreativas e lúdicas.

TRILLA, Jaume (coord.). (2004). Animação Sociocultural Teorias Programas e Âmbitos. Lisboa. Instituto Piaget.

QUINTAS, Sindo Froufe. (1998). Las Técnicas de Grupo en la Animación Comunitaria. Salamanca: Amarú Ediciones.

A importância do "Trabalho de Projecto" e a Animação Sociocultural

O "Trabalho de projecto"é importante para a ASC e o Animador, na medida em que através desta metodologia é possível:
- Pratica de competências sociais, tais como a comunicação, o trabalho em equipa, a gestão de conflitos, a tomada de decisões e a avaliação de processos;
-  Aprender fazendo, para ligar a teoria à prática, para realizar uma interdisciplinaridade com "os pés assentes no chão";
- Realizar aprendizagens e desenvolver as múltiplas capacidades das pessoas;
- Aprender a resolver problemas partindo das situações e dos recursos existentes.

Metodologia de Trabalho de Projecto

A Metodologia do Trabalho de Projecto, é uma proposta pedagógica "recente" que torna possível o desencadear de um verdadeiro crescimento pessoal e profissional, consistindo essencialmente numa actividade a desenvolver em equipa, durante a qual se procura tratar de um problema (com raízes na envolvente social). Trata-se de um óptimo treino de trabalho em grupo, aprendizagem pela prática e pelo esforço físico.

A Metodologia do Trabalho de Projecto consiste na adopção de um conjunto de procedimentos, técnicas e instrumentos com vista a atingir os objectivos do projecto. Podemos identificar três principais fases, cada uma delas de importância vital para o êxito do empreendimento:
Fase de estudos: trata-se de uma fase preliminar, em que se recolhem e ponderam informações de interesse sobre o assunto do projecto e estabelece a comunicação com entidades relevantes, para discutir e culminar numa decisão: a de fazer ou não nascer um projecto. Se se pretender o avanço do projecto, então passar-se-a à fase seguinte.
Fase de planeamento: com base em informações anteriores, durante esta fase estabelece-se a estratégia do projecto, definem-se as linhas de acção, identificam-se os recursos e calendarizam-se as tarefas. Este trabalho deve ser documentado e realizado pela equipa de projecto, ou pelo menos por parte dela, uma vez que vai ser necessário dispor de várias informações, incluindo de natureza técnica, de tal modo que o planeamento efectuado seja realista.
Fase de realização: são executadas as acções definidas no plano de projecto. Isto implica a mobilização atempada dos recursos humanos e materiais e o acompanhamento das acções por parte da gestão do projecto. Se houver desvios ao planeado, deverão ser estudadas e colocadas em prática medidas de recuperação, de tal modo que os objectivos do projecto não resultem comprometidos. Reformulações do plano inicial poderão ter consequências indesejáveis, mas por vezes isso é inevitável, face a contratempos imponderáveis.
Ao longo destas fases, deve sempre estar presente um forte espírito de equipa e uma firme liderança rumo aos objectivos. Uma preocupação permanente com a qualidade e com a avaliação é também um factor muito importante. A equipa de projecto deverá reunir-se frequentemente, para monitorizar o progresso e coordenar as acções. A vários níveis, convirá ir tomando acções correctivas sempre que houver desvios. Certamente que uma equipa que desenvolva projectos reflecte bastante sobre a sua acção, procurando aplicar nos projectos futuros os ensinamentos resultantes das experiências anteriores.

Objectivos da metodologia do trabalho de projecto

- Desenvolver um trabalho em grupo
- Identificar e possibilitar a compreensão dos problemas
- Perceber o  investigador como pessoa reflexiva
- Possibilitar o crescimento e desenvolvimento a todos os níveis
- Promover todos e cada um
- Estimular a cooperação entre todos os elementos da comunidade educativa
- Permitir o desenvolvimento equilibrado da Pessoa Humana
- Privilegiar as dinâmicas de grupo
- Contribuir para a maturação pessoal